50 Tons de Cinza

 

Olá chics,

Essa semana eu assisti ao filme 50 tons de cinza e vim contar pra vocês o que achei sobre a adaptação.

Não li o livro então vou falar sobre minhas impressões da adaptação em filme.

Quando Anastasia Steele entrevista o jovem empresário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja – mas em seu próprios termos…

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Acredito que todas as vezes que um diretor transfere histórias de livros para adaptação de cinema, ele acrescenta cenas que façam com que o filme seja mais atraente ao público.

Em 1914, D.W. Griffith começou a dirigir filmes de longa-metragem. Em 1915, com O Nascimento de uma Nação (1915), sobre a Guerra Civil Americana, realiza a primeira longa-metragem americana, tido como a base da criação da indústria cinematográfica de Hollywood.

Os filmes de cunho heroico que contavam históricas ou de valorização do país eram contatos de uma forma própria, diferente do cinema que estavam costumados a ver, dos filmes autorais ou italianos. aos poucos esse formato foi se moldando para diversos tipos de filme.

No cinema chamamos os filmes com histórias ”mais cotidianas” contadas com inicio, meio e fim de forma sutil e atrativa, no modelo americano, de narrativa clássica americana.

Acredito que 50 tons de cinza se encaixe nesse perfil, a estória da jovem moça que se apaixona pelo rico bonitão e se conhecem com um romance que cresce aos poucos, o que poucos espectadores puderam perceber é que a estória não se trata exatamente de um romance, na verdade o romance é uma ferramenta para mostrar que sentimentos podem modificar uma pessoa.

O filme trata de um jovem rico e egocêntrico com visíveis problemas psicológicos e psiquiátricos, acarretados por uma infância violenta e problemática, seguido de um caso de pedofilia e violência vivido por Grey em sua adolescência. Fatos como esse o levaram a ver o sexo por parâmetros de prazer e violência, nunca por amor ou afeto.

Em meu entendimento quando Grey conta que a amiga de sua mãe o apresenta a certos meios, e ao mesmo tempo demonstra a necessidade de castigar Anastácia quando ela comete gafes infantis como responder de mau jeito, ou fazer alguma falta de educação, ou simplesmente não obedecê, demonstra que a mulher que mantinha relações com o jovem misturava seus meios violentos de ensinar e educar uma criança ou adolescente com sexo, o que fez com que Grey associasse ambos (ensinamento, castigo e sexo), e os convertesse no que para ele se entende como uma relação de submissão, pois ao mesmo tempo ele tem dificuldades e necessita manter uma relação em que ele dá as ordens, por puro medo de se envolver ou sofrer.

Está claro que o intuito da estória é mostrar como o amor e a inocência de Anastácia poderá mudar os problemas que Grey nem percebe ter, pois para ele se trata de uma forma diferenciada de prazer, quando na verdade são problemas pessoais.

Acredito que adaptando o livro em uma narrativa clássica o diretor e a equipe tenham acrescentado ainda mais romance e cenas que cativam o público para que a estória não passe disso: um romance. Mas para bom entendedor não é.

O romance é um artifício cativador para contar sobre os dilemas de Grey e Anastácia em se entregarem mutuamente na busca de um crescimento evolutivo pessoal. e acredito que os outros capítulos mostrem um pouco mais disso, uma mudança através do amor..

Bem essas foram minhas primeiras impressões sobre a obra e a adaptação ao primeiro filme.. não posso opinar ainda sobre as continuações antes de ler.

Sobre simplesmente a adaptação, faz um papel correto, transforma uma estória confusa em romance e um assunto polêmico em algo um pouco mais natural, atraindo o público a se interessar em saber o que vai acontecer nos próximos episódios. Os atores me parecem atuar bem de acordo com os ‘tipos’ que lhes foram dados..figurino masculino bem bacana.

cinza

 

E vocês leitoras o que acharam do primeiro filme?

 

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6 Comments

  1. Luciano

    Adorei demais o filme, porem esperava um pouco mais, hehe.
    parabens pelo blog, bjs.
    http://www.maisqueumrotulo.com

  2. Marcelle

    eu ainda irei assistir
    e pretendo reler os livros pra poder criticá-los direitinho
    confesso que nao gosto muito da temática nao e achei meio estranho
    se for parar pra pensar da forma como cv colocou até da pra ir
    mas ainda nao consigo pensar que uma mulher por amor aceita ser tratada como descrito no livro, um momento de intimidade deve ser algo com amor
    nada assim é o q eu penso ¬¬

    http://www.meumuraldeideias.com

    1. Blog Leanda Livia

      Olá Marcelle,
      Existem algumas cenas no filme que mesmo sendo uma ideia de sadomasoquismo é algo brando, como um brincadeira, algo para o prazer, mas durante o decorrer da estória você vê claramente que Grey tem problemas psicológicos e vai demonstrando isso ao contar sobre seu passado, enquanto Anastásia já está apaixonada, somente quando eles tem uma briga e ela pede que ele lhe mostre o limite que ele chegaria no quesito ”castigo” é que se passa uma cena real de violência e nesse momento ela diz nunca mais aceitar aquilo novamente e vai embora.
      como não li os livros não sei o que acontece em seguida mas pelo que vi eles conseguem de forma pacífica ir mantendo uma relação, ao que me parece ela consegue aos poucos se adaptar a algumas coisas e ao mesmo tempo muda-lo através do seu amor, mas não posso afirmar ao certo sem ler..

  3. Marcia

    Assisti o filme é achei bom, ainda prefiro o livro. Adorei seu blog, se quiser dá uma pssadinha no meu. Beijos!!!
    http://www.meninadescolada.com

    1. Blog Leanda Livia

      obrigada flor vou ver seu blog sim bjs

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